quarta-feira, 18 de agosto de 2010

A DOR DA DESPEDIDA

Quando estiver logrando seus olhos,
dizendo que as lágrimas são colírios,
lembre-se que jamais poderemos
esquecer de quem amamos
e deixar de sentir a emoção da despedida.

Hoje você vai embora para nós.
Mas, lá na distância, amanhã,
você estará chegando para eles.
Tenho certeza, que partirá com lágrimas,
mas chegará com sorriso ao seu destino.

Naturalmente os ventos trarão notícias suas
e ricochetará seu perfume e suas lembranças.

Lembre-se que tudo isso é importante.
Porque, quando nos reencontrarmos
saberemos que sentimos saudades,
e teremos sorriso.

Se houve saudades e lembrança
é porque fomos importantes

uns para os outros.

                                         Professor Edino

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Portfólio 2 parte

Gramática

1 – Um canal de filmes de TV por assinatura veiculou em jornais e revistas de circulação nacional uma propaganda com o seguinte texto: No mundo todo, todo mundo assiste.

Explique a diferença de sentido provocado pela inversão da posição do pronome “todo” nas expressões “mundo todo” a “todo mundo”.

R: Na expressão “mundo todo”, o pronome significa “inteiro”, sendo classificado como pronome adjetivo. Em “todo mundo”, o pronome indica a totalidade dos seres humanos.

2 – Leia a propaganda e responda ao que se pede.

(a) – Identifique e classifique o pronome que aparece no texto da propaganda

R: “Outra”: pronome indefinido.

(b) – Qual sentido o jornal pretende que se dê a expressão “uma outra língua”?

R: Considerando que todos somos falantes de Português, o sentido que o jornal pretendeu dar à expressão “uma outra língua” é o de um Português culto, diferente daquele que falamos coloquialmente.

3 – “Pronome é a palavra variável que identifica, na língua, os participantes da identificação e os seres”, sendo classificado de acordo com o tipo de referência que estabelece. Volte ao texto, e com base nessa afirmação, classifique os pronomes destacados.

R: Outros: indefinido; está: demonstrativo; essa: demonstrativo; ela: pessoal; aquilo: demonstrativo.

4- O texto fala sobre as transformações no relacionamento de um casal com o passar do tempo.

(a) – como Norberto trata Maria Teresa ao longo do casamento?

R: Logo após o casamento, Norberto chama Maria Teresa de “Quequinha”. Alguns anos passam e ele começa a chama – lá de “a mulher aqui” ou “esta mulher”. Mais alguns anos se passam e, então, Norberto trata Maria Teresa de “Ela”. Novas passagens de tempo nos mostram Norberto referindo-se a esposa como “Essa aí”. No momento presente, ele se refere a ela como “Aquilo”.

(b) – De que maneira o uso dos pronomes contribui para a construção do efeito de humor que se pode observar nesse texto?

R: A utilização de pronomes da designação de Maria Teresa indica o afastamento de Norberto em relação à esposa. Assim, o apelido carinhoso dos tempos de recém-casados é substituído, aos poucos, por uma série de pronomes que “impessoalizam” cada vez mais Maria Teresa (está, ela,essa, aquilo).

PG 130

5- Leia atentamente a tirinha.

A forma e a colocação do pronome que complementa o verbo “entregar”, no último quadrinho, é típica da modalidade coloquial oral. Qual seria a forma correspondente, na escrita formal, à forma coloquial “entrega ela”? Justifique.

R: “Entregue-a para o pastor”. Justificativa: A forma assumida pelo pronome deve ser “a” e não “ela” porque na função de objeto direto do verbo “entregar” deve se empregar o pronome no caso oblíquo (a) e não no caso reto (ela). Quando a colocação deve-se optar pela ênclise da forma pronominal ao verbo, pois não se deve iniciar enunciado com pronome oblíquo átono.

6 – O pedido feito por Carlinhos se baseia na definição da fala do namorado como “certa demais”. O que significa isso? Justifique sua resposta.

R: Carlinhos se expressa oralmente de acordo com as regras gramaticais, numa linguagem mais comumente utilizada na escrita ou em contexto formais. Costuma-se associar a falta principalmente em situações informais, a uma despreocupação maior com o uso da norma culta. O que Carolina chama de linguagem “certa demais” é o vocabulário “mais rebuscado” do namorado (soberba, todavia, outrossim, vexado) é a correta utilização dos pronomes (usá-los) em um contexto (um encontro com a turma) em que isso (fica esquisito) por ser mais informal.

7 – em dois momentos no texto, Carlinhos usa os pronomes corretamente. Em um desses momentos é corrigido pela namorada, que deixa claro o que se espera, em uma situação de informalidade, como utilização “adequada” da colocação pronominal.

(a) – Transcreva do texto esses dois momentos e justifique do ponto de vista gramatical, a colocação pronominal utilizada por Carlinhos.

R: “Não posso usá-los corretamente?” (combinação do verbo com pronome oblíquo enclítico, seguindo a norma culta.) “Não, é que, falando, sentir-me-ia vexado.” (Combinação do verbo no futuro do pretérito com pronome oblíquo e início de frase, obrigando à mesóclise.)

8 – Carolina pede ao namorado que não fale “certo demais” porque “a turma repara”.

É possível afirmar que, segundo a namorada, a maneira de Carlinhos falar poderia parecer esnobe aos amigos dela, uma demonstração de “superioridade lingüística”. Poderíamos dizer que esse juízo sobre a maneira de falar de Carlinhos é a manifestação de um “processo lingüístico às avessas” em que ele se baseia?

R: O fato de Carlinhos se expressar oralmente seguindo as regras da norma culta pode ser visto como manifestação de esnobismo em função de uma imagem equivocada que se faz da fala e da escrita. A primeira deve ser mais “solta”, sem a preocupação com a correta utilização das regras gramaticais, enquanto a segunda deve ser a expressão d a norma culta. Segundo esse raciocínio, Carlinhos “fala como se deve escrever”, isto é, seguindo as regras que deve aparecer na escrita. Por isso, pode ser visto esnobe. Na verdade tanto a fala quando a escrita podem se apresentar de forma mais coloquial ou de acordo com a norma culta, a depende da situação de formalidade ou informalidade em que o falante/ “escriba” estiver inserido. O que causa estranhamento no uso que Carlinhos faz na linguagem em que o fato de ele parecer incapaz de adequar a sua linguagem a uma situação informal (a conversa com a turma).

9- (Enem – MEC) O uso de pronome átono no início das frases é destacado por um poeta e por um gramático nos textos a seguir.

R: e

10 – leia a seguinte tira.

No ultimo quadrinho, o uso de duas preposições diferentes é o que produz o humor da fala de Gizinho.

(a) – Quais são as preposições?

R: As preposições são: a e com.

(b) – Que relações elas estabelecem?

R: A primeira indica uma relação de comparação que estabelece oposição entre os complementos do verbo “preferir” (prefere ter amigos a dinheiro); a segunda estabelece uma relação de posse (amigos que tenham dinheiro)

11 – Na tira ocorre um “probleminha” de comunicação entre Hagar e Helga.

(a) – Como Hagar interpreta a pergunta de Helga, no primeiro quadrinho?

R: Hagar estende que a esposa está perguntando se gostaria de café para “acompanhar” os ovos com bacon.

(b) – Como Helga interpreta a resposta de Hagar?

R: Helga interpreta a resposta afirmativa do marido como uma autorização para despejar o bule de café sobre os ovos com bacon.

12 – O que possibilita a dupla interpretação da pergunta de Helga? Explique por que essa dupla interpretação é a base para a construção do humor da tira.

R: O uso da preposição “com” (sentido de acompanhamento). Helga faz uma pergunta intencionalmente ambígua para dar uma ligação no marido, que chegou tarde em casa na noite anterior. Ela sabe que, no texto em que foi utilizado, a preposição “com” indica que a bebida (café) deve acompanhar a comida (ovos com bacon). Só que se faz de desentendida, optando por entender que o sentido da preposição é da localização (café nos ovos...). É desse gesto absurdo e da a possibilidade de dupla interpretação da preposição que nasce o humor da tira.

13 – (Enem – MEC) A crônica muitas vezes constitui um espaço para reflexão sobre aspectos da sociedade em que vivemos.

No 3º parágrafo em “... não existem meninos DE rua. Existem meninos NA rua”, a troca De pelo Na determina que a relação de sentido entre “menino” e “rua” seja:

R: a

14 – Justifique sua resposta à questão anterior, apresentando o raciocínio que o levou a alternativa correta.

R: A troca de preposição de pela preposição na (= em + a) provoca interações sintáticas e semânticas no trecho “... não existem meninos DE rua. Existem meninos “NA rua”. Em “meninos DE rua”, a expressão “De rua” está relacionada a meninos, atribuindo-lhe uma quantidade que os distingue, por exemplo, de “meninos de família”. Ao se utilizar a preposição em, a expressão “NA rua” passa a se relacionar à forma verbal “existem”, indicando o local em que se situa os meninos, isto é, acrescentando ao verbo uma circunstância de lugar.

15

(a) – Qual é a relação de sentido normalmente expressa pela conjugação e?

R: A conjunção e, em geral, expressa uma relação de soma, adição.

(b) – Com base nessa relação, explique o comentário de Veríssimo sobre as duplas caipiras.

R: Sem a conjunção, não poderia haver duplas caipiras, já que, em geral, são apresentadas por dois nomes ligados pela conjunção e (Chitãozinho e Xororó e Bruno e Marrone etc.)

16 – Na frase “ia sair mais choveu”, a conjugação tem o mesmo sentido que no texto de Veríssimo? Justifique.

R: Nessa frase, o e não é aditivo. Tem um valor adversativo, equivalente a, mas.

17- Nesse poema, o poeta realizou uma opção estilística: a reiteração de determinadas construções e expressões lingüísticas, como o uso da mesma conjugação para estabelecer a relação entre as frases. Essa conjugação estabelece, entre as idéias relacionadas, um sentido de:

R: a

18 – De que maneira o sentido do poema é construído a partir da reiteração da conjugação? Justifique sua resposta com elementos do texto.

R: No poema “O mundo é grande”, Drummond emprega reiteradas vezes a conjunção e para estabelecer uma relação de oposição entre as frases. Em três estâncias, o poema opõe dados objetivos a percepções subjetivas: O mundo é grande x janela sobre o mar; O mar é grande x cama e no colchão de amor; O amor é grande x breve espaço de beijar.

19 – Observe os períodos a seguir:

Reescreva as orações, transformando–as em um só período, inserindo uma conjunção que mantenha as relações de sentido entre elas.

R: Lá penso em me estabelecer, por isso já entrei em contato com várias imobiliárias para encontrar um local que me agrade.

20 – Leia a frase.

(a) – Qual é o sentido da conjugação pois nessa frase?

R: a conjunção, pois, na frase, exprime idéias de conclusão.

(b) – Reescreva-a, com outra conjunção, mantendo o sentido expresso na frase original.

R: Ele avisou que poderia se atrasar; devemos, portanto, aguardá-lo mais um pouco.

21 – A conjunção “e” pode assumir diversos significados, embora normalmente seja associada a um valor aditivo. Substitua-a em cada frase, por uma conjunção mais característica do significado em questão.

(a) – todos se preparavam ansiosamente para o churrasco de domingo, e choveu.

R: ... Mas/porém/contudo choveu.

(b) – conformar-se com a situação e recusar-se a submeter-se a ela são as opções de Marina.

R: ... a situação ou recusar-se ...

Portfólio 2 parte

Gramática

1 – Um canal de filmes de TV por assinatura veiculou em jornais e revistas de circulação nacional uma propaganda com o seguinte texto: No mundo todo, todo mundo assiste.

Explique a diferença de sentido provocado pela inversão da posição do pronome “todo” nas expressões “mundo todo” a “todo mundo”.

R: Na expressão “mundo todo”, o pronome significa “inteiro”, sendo classificado como pronome adjetivo. Em “todo mundo”, o pronome indica a totalidade dos seres humanos.

2 – Leia a propaganda e responda ao que se pede.

(a) – Identifique e classifique o pronome que aparece no texto da propaganda

R: “Outra”: pronome indefinido.

(b) – Qual sentido o jornal pretende que se dê a expressão “uma outra língua”?

R: Considerando que todos somos falantes de Português, o sentido que o jornal pretendeu dar à expressão “uma outra língua” é o de um Português culto, diferente daquele que falamos coloquialmente.

3 – “Pronome é a palavra variável que identifica, na língua, os participantes da identificação e os seres”, sendo classificado de acordo com o tipo de referência que estabelece. Volte ao texto, e com base nessa afirmação, classifique os pronomes destacados.

R: Outros: indefinido; está: demonstrativo; essa: demonstrativo; ela: pessoal; aquilo: demonstrativo.

4- O texto fala sobre as transformações no relacionamento de um casal com o passar do tempo.

(a) – como Norberto trata Maria Teresa ao longo do casamento?

R: Logo após o casamento, Norberto chama Maria Teresa de “Quequinha”. Alguns anos passam e ele começa a chama – lá de “a mulher aqui” ou “esta mulher”. Mais alguns anos se passam e, então, Norberto trata Maria Teresa de “Ela”. Novas passagens de tempo nos mostram Norberto referindo-se a esposa como “Essa aí”. No momento presente, ele se refere a ela como “Aquilo”.

(b) – De que maneira o uso dos pronomes contribui para a construção do efeito de humor que se pode observar nesse texto?

R: A utilização de pronomes da designação de Maria Teresa indica o afastamento de Norberto em relação à esposa. Assim, o apelido carinhoso dos tempos de recém-casados é substituído, aos poucos, por uma série de pronomes que “impessoalizam” cada vez mais Maria Teresa (está, ela,essa, aquilo).

PG 130

5- Leia atentamente a tirinha.

A forma e a colocação do pronome que complementa o verbo “entregar”, no último quadrinho, é típica da modalidade coloquial oral. Qual seria a forma correspondente, na escrita formal, à forma coloquial “entrega ela”? Justifique.

R: “Entregue-a para o pastor”. Justificativa: A forma assumida pelo pronome deve ser “a” e não “ela” porque na função de objeto direto do verbo “entregar” deve se empregar o pronome no caso oblíquo (a) e não no caso reto (ela). Quando a colocação deve-se optar pela ênclise da forma pronominal ao verbo, pois não se deve iniciar enunciado com pronome oblíquo átono.

6 – O pedido feito por Carlinhos se baseia na definição da fala do namorado como “certa demais”. O que significa isso? Justifique sua resposta.

R: Carlinhos se expressa oralmente de acordo com as regras gramaticais, numa linguagem mais comumente utilizada na escrita ou em contexto formais. Costuma-se associar a falta principalmente em situações informais, a uma despreocupação maior com o uso da norma culta. O que Carolina chama de linguagem “certa demais” é o vocabulário “mais rebuscado” do namorado (soberba, todavia, outrossim, vexado) é a correta utilização dos pronomes (usá-los) em um contexto (um encontro com a turma) em que isso (fica esquisito) por ser mais informal.

7 – em dois momentos no texto, Carlinhos usa os pronomes corretamente. Em um desses momentos é corrigido pela namorada, que deixa claro o que se espera, em uma situação de informalidade, como utilização “adequada” da colocação pronominal.

(a) – Transcreva do texto esses dois momentos e justifique do ponto de vista gramatical, a colocação pronominal utilizada por Carlinhos.

R: “Não posso usá-los corretamente?” (combinação do verbo com pronome oblíquo enclítico, seguindo a norma culta.) “Não, é que, falando, sentir-me-ia vexado.” (Combinação do verbo no futuro do pretérito com pronome oblíquo e início de frase, obrigando à mesóclise.)

8 – Carolina pede ao namorado que não fale “certo demais” porque “a turma repara”.

É possível afirmar que, segundo a namorada, a maneira de Carlinhos falar poderia parecer esnobe aos amigos dela, uma demonstração de “superioridade lingüística”. Poderíamos dizer que esse juízo sobre a maneira de falar de Carlinhos é a manifestação de um “processo lingüístico às avessas” em que ele se baseia?

R: O fato de Carlinhos se expressar oralmente seguindo as regras da norma culta pode ser visto como manifestação de esnobismo em função de uma imagem equivocada que se faz da fala e da escrita. A primeira deve ser mais “solta”, sem a preocupação com a correta utilização das regras gramaticais, enquanto a segunda deve ser a expressão d a norma culta. Segundo esse raciocínio, Carlinhos “fala como se deve escrever”, isto é, seguindo as regras que deve aparecer na escrita. Por isso, pode ser visto esnobe. Na verdade tanto a fala quando a escrita podem se apresentar de forma mais coloquial ou de acordo com a norma culta, a depende da situação de formalidade ou informalidade em que o falante/ “escriba” estiver inserido. O que causa estranhamento no uso que Carlinhos faz na linguagem em que o fato de ele parecer incapaz de adequar a sua linguagem a uma situação informal (a conversa com a turma).

9- (Enem – MEC) O uso de pronome átono no início das frases é destacado por um poeta e por um gramático nos textos a seguir.

R: e

10 – leia a seguinte tira.

No ultimo quadrinho, o uso de duas preposições diferentes é o que produz o humor da fala de Gizinho.

(a) – Quais são as preposições?

R: As preposições são: a e com.

(b) – Que relações elas estabelecem?

R: A primeira indica uma relação de comparação que estabelece oposição entre os complementos do verbo “preferir” (prefere ter amigos a dinheiro); a segunda estabelece uma relação de posse (amigos que tenham dinheiro)

11 – Na tira ocorre um “probleminha” de comunicação entre Hagar e Helga.

(a) – Como Hagar interpreta a pergunta de Helga, no primeiro quadrinho?

R: Hagar estende que a esposa está perguntando se gostaria de café para “acompanhar” os ovos com bacon.

(b) – Como Helga interpreta a resposta de Hagar?

R: Helga interpreta a resposta afirmativa do marido como uma autorização para despejar o bule de café sobre os ovos com bacon.

12 – O que possibilita a dupla interpretação da pergunta de Helga? Explique por que essa dupla interpretação é a base para a construção do humor da tira.

R: O uso da preposição “com” (sentido de acompanhamento). Helga faz uma pergunta intencionalmente ambígua para dar uma ligação no marido, que chegou tarde em casa na noite anterior. Ela sabe que, no texto em que foi utilizado, a preposição “com” indica que a bebida (café) deve acompanhar a comida (ovos com bacon). Só que se faz de desentendida, optando por entender que o sentido da preposição é da localização (café nos ovos...). É desse gesto absurdo e da a possibilidade de dupla interpretação da preposição que nasce o humor da tira.

13 – (Enem – MEC) A crônica muitas vezes constitui um espaço para reflexão sobre aspectos da sociedade em que vivemos.

No 3º parágrafo em “... não existem meninos DE rua. Existem meninos NA rua”, a troca De pelo Na determina que a relação de sentido entre “menino” e “rua” seja:

R: a

14 – Justifique sua resposta à questão anterior, apresentando o raciocínio que o levou a alternativa correta.

R: A troca de preposição de pela preposição na (= em + a) provoca interações sintáticas e semânticas no trecho “... não existem meninos DE rua. Existem meninos “NA rua”. Em “meninos DE rua”, a expressão “De rua” está relacionada a meninos, atribuindo-lhe uma quantidade que os distingue, por exemplo, de “meninos de família”. Ao se utilizar a preposição em, a expressão “NA rua” passa a se relacionar à forma verbal “existem”, indicando o local em que se situa os meninos, isto é, acrescentando ao verbo uma circunstância de lugar.

15

(a) – Qual é a relação de sentido normalmente expressa pela conjugação e?

R: A conjunção e, em geral, expressa uma relação de soma, adição.

(b) – Com base nessa relação, explique o comentário de Veríssimo sobre as duplas caipiras.

R: Sem a conjunção, não poderia haver duplas caipiras, já que, em geral, são apresentadas por dois nomes ligados pela conjunção e (Chitãozinho e Xororó e Bruno e Marrone etc.)

16 – Na frase “ia sair mais choveu”, a conjugação tem o mesmo sentido que no texto de Veríssimo? Justifique.

R: Nessa frase, o e não é aditivo. Tem um valor adversativo, equivalente a, mas.

17- Nesse poema, o poeta realizou uma opção estilística: a reiteração de determinadas construções e expressões lingüísticas, como o uso da mesma conjugação para estabelecer a relação entre as frases. Essa conjugação estabelece, entre as idéias relacionadas, um sentido de:

R: a

18 – De que maneira o sentido do poema é construído a partir da reiteração da conjugação? Justifique sua resposta com elementos do texto.

R: No poema “O mundo é grande”, Drummond emprega reiteradas vezes a conjunção e para estabelecer uma relação de oposição entre as frases. Em três estâncias, o poema opõe dados objetivos a percepções subjetivas: O mundo é grande x janela sobre o mar; O mar é grande x cama e no colchão de amor; O amor é grande x breve espaço de beijar.

19 – Observe os períodos a seguir:

Reescreva as orações, transformando–as em um só período, inserindo uma conjunção que mantenha as relações de sentido entre elas.

R: Lá penso em me estabelecer, por isso já entrei em contato com várias imobiliárias para encontrar um local que me agrade.

20 – Leia a frase.

(a) – Qual é o sentido da conjugação pois nessa frase?

R: a conjunção, pois, na frase, exprime idéias de conclusão.

(b) – Reescreva-a, com outra conjunção, mantendo o sentido expresso na frase original.

R: Ele avisou que poderia se atrasar; devemos, portanto, aguardá-lo mais um pouco.

21 – A conjunção “e” pode assumir diversos significados, embora normalmente seja associada a um valor aditivo. Substitua-a em cada frase, por uma conjunção mais característica do significado em questão.

(a) – todos se preparavam ansiosamente para o churrasco de domingo, e choveu.

R: ... Mas/porém/contudo choveu.

(b) – conformar-se com a situação e recusar-se a submeter-se a ela são as opções de Marina.

R: ... a situação ou recusar-se ...

sábado, 26 de junho de 2010

Portifólio

Atividades – Pág. 28

Leia um trecho do texto “ Prólogo” de Gonçalves Dias, a seu livro Primeiros Cantos. Nele podemos perceber características essenciais da estética Romântica. Após a leitura, responda as questões de 1 a 5:

1- No segundo parágrafo do texto, Gonçalves Dias fala a respeito da forma utilizada em seus poemas.

a)O que diz ele a respeito de seus versos?

R= Diz que seus versos não são uniformes e menosprezíveis a mera combinação. As estrofes são irregulares e utilizou metros variados da tradição portuguesa, de acordo com sua necessidade de expressão.

b)Como sua postura reflete os ideais do Romantismo?

R= Os românticos rompem com a conveção frmal clássica,adotando uma postura de liberdade formal relativa. A métrica e a rima ainda permanecem, mas devem servir para a expressão do indivíduo. Ao abandonarem o uso da estrofação, métrica e rimas clássicas, os românticos passam a apregoar a primazia do sentimento sobre a razão: a forma deve servir à emoção.

2- Segundo o autor, os poemas “não tem unidade de pensamento entre si “

a)Explique essa afirmação de acordo com o texto?

R= Os poemas foram escritos em épocas diversas e sob a influência de impressões momentâneas, desta forma eles não tem unidade entre si.

b)O que tal afirmação sugere a respeito do processo de criação poética no Romantismo?

R= O processo de criação romântico parece envolver particularmente de cada situação. Além disso, é resultado de inspirações momentâneas e não repetíveis e não de um plano pré-concebido. Nota-se, na visão de Gonçalves Dias, a preponderância de uma visão de criação que parte de uma inspiração poética circunstancial.

3- Ao dizer sobre as poesias “escrevi-as para mim, e não para os outros” Gonçalves Dias incorre num paradoxo.

a)Qual seria esse paradoxo?

R= O paradoxo é que o autor afirma que escreveu os poemas para si mesmo num contexto de divulgação desses poema: o prólogo de seu livro que certamente é voltado para os outros.

b) Qual traço romântico se evidencia por essa contradição?

R= É possível percebermos traços do individualismo característico do Romantismo. O autor sugere que seus poemas são uma expressão absolutamente individual e que, de certa forma, os leitores estarão compartilhando de sua intimidade. Essa exposição do eu evidencia uma perspectiva romântica.

4- Uma das características românticas mais notáveis é a idealização, o descompromisso com a retratação fiel do real. Em alguns momentos do texto, Gonçalves Dias refere-se, implicitamente, a essa característica.

a) Transcreva duas dessas passagens:

R= “Com a vida isolada que vivo, gosto de afastar os olhos de sobre a nossa arena política para ler em minha alma”

“cobrir tudo isto com a imaginação fundir tudo isso com a vida e a natureza”

b) Explique de que maneira essas paisagens indicam a tendência à idealização:

R= A primeira passagem indica o recolhimento do poeta que se fasta da “arena política” para voltar-se a si mesmo. A segunda e a terceira passagens mostram que a poesia é o mascaramento do real, uma vez que o poeta “purifica” o que vê com a religião e cobre tudo com a imaginação.

5- O Romantismo, com frequência, e principalmente na Primeira Geração, apresenta tendências nacionalistas no Brasil, em particular, tais tendências foram mais notáveis, pois esse é o primeiro movimento após a independência do país. O texto de Gonçalves Dias não é um manifesto nacionalista, no entanto é possível depreeder dele o elemento que foi mais fortemente explorado pelo romantismo brasileiro, como construidor da identidade nacional.

a) Que elemento é esse?

R= O elemento presente no texto de Gonçalves Dias é a Natureza.

b)A partir das características românticas que você conhece, elabore uma hipótese a respeito de como esse elemento é apresentado pelos autores brasileiros.

R= Considerando que os românticos são sentimentais e idealizam a realidade, podemos supor que a Natureza brasileira será apresentada de forma emocional, ufanista, idealizada como exuberante, exótica, farta, superior à de todos os outros lugares. Através desse elemento, constrói-se uma imagem de país que será explorada vastamente até hoje.

SEGUNDA GERAÇÃO

6- Qual é a expressão que o eu lírico, utiliza na primeira estrofe para referir-se aos corpos ?

R= A expressão é “dor vivente”

7- A relação do eu lírico com a morte é característica da segunda geração romântica.

a) Que relação é essa?

R= O eu lírico desejava a morte como um alívio para sua existência angustiada e entediante.

b) Por quais imagens essa relação é exposta?

R= As imagens utilizadas estão principalmente na terceira estrofe. Percebe-se que, ao comparar a morte à saída do deserto e ao acordar de um pesadelo, o eu lírico dá a ela uma conotação positiva, de algo que se deseja alcançar.

8- O sentimento amoroso idealizado é outra das características amorosas românticas presentes nesse poema. Transcreva as passagens em que fica claro que o amor sentido pelo eu lírico é idealizado:

R= “É pela virgem que sonhei!...”, “ Ó minha virgem dos errantes sonhos” .

9- O epitáfio que o eu lírico pede para que coloquem em seu túmulo pode ser considerada uma espécie de “ lema” da segunda geração romântica.

a) Qual é o epitáfio a que nos referimos?

R= “ Foi poeta, sonhou e amou na vida”.

b) Explique sua relação com a segunda geração romântica:

R= O epitáfio em questão sintetiza os princípios da segunda geração: a poesia como expressão dos sentimentos, o sonho como forma de evasão da realidade, e o amor como fio condutor de tudo.

10- Nas duas últimas estrofes, o eu lírico revela com a natureza.

a) Como é essa relação?

R= A relação é de intimidade. O eu lírico pede para que as sombras do vale e as noites da montanha protejam seu corpo pede ainda que os arvoredos do bosque abram seus ramos para deixar o luar iluminar seu túmulo.

b) Pelo uso de que recurso linguístico essa relação se estabelece?

R= O recurso utilizado é a interlocução direta com os elementos da natureza, pelo uso de vocativos.

11- Quem é o “eu” que se dirige a Deus no poema?

R= O “eu” do poema é o continente africano.

12- O poema “Vozes d’ África” apresenta uma evidente tonalidade épica, ainda que não constitua uma narrativa. De que maneira o autor lírico é responsável pelo tom épico do texto?

R= A poesia lírica caracteriza-se pela expressão do sentimento do “eu”. Considerando- se que quem fala nesse poema é o próprio continente, que não pode ser considerado um indivíduo, temos uma grandiloqüência característica da poesia épica. O poema não pode ser lido como lírico, pois não traz o intimismo e o caráter confessional desse gênero poético.

13- Identifique algumas características da linguagem condoreira presentes no poema :

R= O tom grandiloqüente, épico dado pela construção de um eu lírico pouco característico além das interpelações a Deus e metáforas em seqüência caracterizam a linguagem condoreira.

14- Quanto ao tema de que forma ele representa os ideais da terceira geração da poesia romântica brasileira?

R= O lamento da África pela penúria de seus filhos reflete a preocupação abolicionista típica da terceira geração romântica no Brasil.

15- O engajamento em causas sociais ainda aparece em algumas manifestações da cultura, não apenas brasileira. Há na música um estilo em que podemos encontrar esse engajamento. Qual é ele?

R= Na música, por exemplo, o rap mantém a tradição engajada do condoeirismo.

16- No Arcadismo, a natureza era o pano de fundo para agradáveis relações amorosas. No Romantismo, ela assumiu um papel bastante diferente.

a) Nesse trecho, que recurso é utilizado na descrição do cenário?

R= No trecho de O guarani, o recurso usado na caracterização da natureza é a personificação, ou seja, a atribuição de características e ações de seres animados e seres Inanimados.

b) O que essa escolha pode significar quanto ao novo papel assumido pela natureza no Romantismo?

R= O fato de esse recurso ser utilizado revela uma presença mais humanizada da natureza; ela reflete sentimentos e contracena, de alguma forma, com as personagens, como se fosse uma delas.

17- O romantismo foi um movimento heterogêneo, ou seja, manifestou-se de diferentes formas. Tradicionalmente identificamos com maior destaque três dessas formas: o apego à história, o exagero dos sentimentos e o engajamento em causas sociais. Que tendência romântica fica evidente no fragmento de O Guarani?

R= A tendência evidente no texto é a do apego à história ou o nacionalismo, marcado por elementos medievais (característico do Romantismo Europeu), Além de se enaltecer a natureza nativa do Brasil.

18- Explique a partir do tema “vassalo” e “suserano” , a relação entre o Romantismo Português e o Brasileiro:

R= O Romantismo brasileiro,embora tente constituir-se como um momento nacionalista, presta tributo ao Romantismo português ao utilizar-se de dados característicos da história da metrópole, tais como o medievalismo presente no rio como vassalo de outro.

19- O fragmento transcrito mostra a imagem de uma heroína romântica, que perdura até os dias de hoje. Como é essa heroína?

R= Aurélia Camargo é rica e formosa e tem um caráter íntegro, rejeitando aqueles que o querem por sua fortuna. Apesar de riquíssima, não cede aos encantos do “vil mental”.

20- Pelo texto qual é a relação entre amor, felicidade e dinheiro? Essa relação condiz com os princípios do Romantismo?

R= Plenamente de acordo com os princípios românticos, que preconizavam a pureza do sentimento amoroso, o texto revela que amor, dinheiro e felicidade são elementos incompatíveis.

21- Os que deve acontecer a Aurélia para que ela seja feliz, segundo a visão romântica do amor?

R= Ela deveria encontrar alguém que a amasse verdadeiramente, sem sofrer influência de sua fortuna. O amor deveria estar desvinculado ao dinheiro.

22- Aponte um trecho do texto em que fica claro o contraste entre o que Aurélia sente e o que vive efetivamente?

R= No último parágrafo percebemos que apesar o desprezo que nutria pela bajulação, Aurélia vivia cercada por admiradores interessados em sua fortuna.

23- Um dos recursos de estilo mais característicos de José de Alencar é o acúmulo de comparações. Transcreva duas dessas comparações:

R= “atravessou o firmamento da corte como brilhante meteoro”

“dois e esplendores que se refletem como o raio de sol no prisma do diamante”